O Convento de San Marcos é uma das jóias da arquitetura leonesa, junto com a catedral e a Basílica de San Isidoro. É considerado um dos monumentos mais significativos do Renascimento Espanhol.
Sua origem se remonta ao séc. XII (1152), na época do rei Alfonso VII, quando a infanta Sancha de Castilla realizou uma doação destinada a construção de um edifício que pudesse hospedar os “pobres de Cristo”, convertendo-se num templo-hospital de refúgio para os peregrinos que faziam o Caminho de Santiago. No séc. XVI, este edifício foi derrubado para o erguimento de um novo, graças às doações feitas por Fernando El Católico.
Sua fachada é um expoente do estilo Plateresco e começou a construir-se em 1515. Está decorada com medalhões e estátuas que exaltam a monarquia, misturadas com motivos jacobeos e personagens do mundo clássico. O espaço central, que divide a fachada em duas é uma remodelação feita no período barroco, sobre a qual há uma estátua de Santiago Matamouros.
A torre foi levantada posteriormente, em 1711/1714, e no alto vemos a cruz de Santiago.
A igreja é de estilo gótico hispano tardio, comumente conhecido como estilo Reis Católicos. Finalizada em 1541, possui uma ampla nave e as bôvedas são de crucería.
O retábulo maior é do séc. XVIII. O coro foi realizado por Guillermo Doncel e Juan de Juni em 1542.
Acima, vemos a concha, símbolo principal do Caminho de Santiago.
O claustro, do séc. XVI, foi levantado em dois níveis por Juan de Badajoz, El moço.
O conjunto de estátuas que adornam o templo é de indiscutível elegância.
As portadas e os sepulcros estao ricamente esculpidos.
Ao longo de sua história, o edifício teve uma enorme variedade de usos, principalmente depois que deixou de ser convento em 1836, destacando os seguintes:
– Prisão: um de seus “residentes” mais ilustres foi Francisco de Quevedo.
– Quartel de cavalaria.
– escola de veterinária, hospital penitenciário e campo de concentração de prisioneiros republicanos durante a Guerra Civil e o período do pós guerra mundial. Foi um dos estabelecimentos repressivos mais severos e saturados da Espanha franquista, alcançando uma população reclusa de 6.700 homens.
– Min. Guerra, Fazenda e Educação.
Atualmente, o edifício é utilizado de várias formas:
– Igreja
– Museu Arqueológico Provincial
– Hotel de categoria 5 estrelas da rede de Paradores Nacionais, que exibe em seu interior uma grande coleção de obras de arte.